E viverão as pequenas empresas depois do Coronavírus?

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A resposta não é simples, mas possível.

Os jornais americanos estão anunciando que Donald Trump está despejando dois trilhões de dólares na economia dos Estados Unidos e quanto governadores e prefeitos trancam os Estados e cidades. O Presidente Bolsonaro tem pedido encarecidamente aos governadores e prefeitos do Brasil para desbloquearem as economias locais porque o colapso brasileiro pode ser como nunca visto. Tanto nos países do norte quanto no sul o palco da destruição econômica está montado. 

Mas a amanhã ou na semana que vem quando os globalistas disserem "vamos retomar a economia!" o que faremos? Bom, estaremos sucumbidos num ecossistema econômico despedaçado, 38 milhões de autônomos desesperados, pequenas e médias empresas de portas fechadas ou operando a no máximo 20%, o que faremos? Mark Cuban, numa entrevista ao jornal americano Washington Examier também se mostrou preocupado com esta retomada das pequenas empresas. Comungando desta mesma preocupação coloco-me a refletir como poderia ser esta retomada. 

A dinâmica interna da empresa

A teoria da administração se pauta em quatro palavras: planejar, organizar, dirigir e controlar. É claro, que não há uma melhor que a outra, mas o planejar geralmente inicia o ciclo. No contexto da devassa do coronavírus o mais prudente seria começar com o organizar.

  • Organizar

A atividade organizar é reunir o que restou do tsunami econômico como: lista de contatos, mercadorias no estoque, uns "gato-pingado" de funcionários ou só você e um espaço no cartão de crédito.

  • Planejar

Agora vem o planejar. Naturalmente o foco é pagar as contas, mas antes de tudo colocar o fluxo de caixa para funcionar. O restaurante precisa colocar a comida no bifê enquanto convida as pessoas para entrarem no recinto. A oficina mecânica liga para os donos dos carros e avisa que o carro já está pronto. O barbeiro, enquanto sanitiza o ambiente, convoca seus clientes pelo Whatsapp. Fluxo de caixa! Fluxo de caixa! Este é o foco.

  • Dirigir

É voltar os olhos para o horizonte, olhando para frente. Podemos retomar o planejado nas promessas de fim de ano, ou traçar uma nova meta. Nunca tirando os olhos de seus recursos que são o fluxo de caixa, as pessoas que fazem o fluxo de caixa acontecer e todo o seu material físico que a sua empresa depende. Dirigir é isso, tomar decisão tendo em vista onde você quer chegar.

  • Controlar

Neste último estágio é saber dosar os seus recursos para que chegue ao final do ano de 2020 ou 2021, 2023 e assim por diante, com um fluxo de caixa vigoroso. Controlar exige decisões difíceis como aceitar a perda de lucro em nome do giro de estoque ou para retomar mercado. A loja de roupa, por exemplo, não pode encalhar peças que são do verão passado, será preciso cortar no lucro para salvar o capital. A pequena fábrica terá que recorrer a empréstimos para alongar o seu capital de giro. A crise faz isso, medidas extremas para momentos extremos.

Agora, se no organizar você logo observa que seus recursos não são suficiente para continuar. Reinvente-se, dê um passo para trás, talvez assim nós tomaremos impulso para frente.

Editor do Teorítica

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