As contradições da Série Fauda

Meet the force behind Fauda: 'It's very honest and based on people ...

Na semana passada terminei de assistir a terceira temporada da série israelense Fauda. Para quem não está familiarizado com a Série vai algumas informações relevantes. A série Fauda (que em árabe significa caos) foi criada pelas mãos do israelense Lior Raz (foto), um ex-combatente do grupo de contra-terrorismo israelense, contando com o apoio de um jornalista israelense especialista em política palestina, Avi Issacharoff.

Lior Raz que já foi segurança particular de Arnold Schwarzenegger, construiu a série Fauda totalmente ambientada no frenético mundo dos agentes secretos que defendem o Estado de Israel. A curiosidade, no entanto, é que a Série se dedica a mostrar mais os sofrimentos do mundo palestino em matéria de perda de vidas, angústias, choros e decepções da população comum do que do lado israelense.

Seria um efeito hollywoodiano?

A Série Fauda passa a maior parte do tempo apresentando o lado religioso, ético e até de dignidade do povo palestino. Enquanto, do lado israelense, explora o lado medíocre, egoísta e malévolo das agências governamentais e da população em geral. Lior Raz serviu quando jovem a IDF (Forças de Defesa de Israel) ao que consta fez também operações secretas em zonas urbanas. 

Todavia, o que vemos em Fauda, não é a história de Israel puxando o gatilho em defesa de um território. Vemos apenas a vingança, o ressentimento e quando muito um altruísmo disfarçado de egoísmo agindo no território palestino. O período de tempo que o jovem Lior Raz passou com Schwarzenegger revela-nos que a companhia do austro-americano (que já foi governador da Califórnia) não é nada benéfica ao povo israelense.

Humanizando o terrorismo palestino

De um ponto de vista político a Série está a todo tempo debatendo a noção de território. As práticas terroristas palestinas são humanizadas enquanto a burocracia israelense é demonizada quando se trata de ajudar uma vítima palestina. A Série é assimétrica, pende para o lado bom do povo palestino, enquanto em nenhum momento representa a vida cotidiana dos cidadão israelenses comuns que também são bons.

A vida pessoal dos agentes israelenses é retratada com traições, uso de drogas, promiscuidades e violência, enquanto do lado palestino revela a devoção, a vida simples e a alegria de viver em família num ambiente muçulmano. A mensagem que fica é: as forças israelenses atacam apenas inocentes e de vez enquanto acerta os maus.

Um aprendiz de feiticeiro

Lior Raz é um "aprendiz de feiticeiro" do submundo hollywoodiano. Raz que é criador da Série e ator principal, é um recruta da máquina babilônica de Los Angeles. Aquela mesma quadrilha de atores que zombam do Nosso Senhor Jesus Cristo em seus filmes, critica qualquer que seja as operações israelense, um anti-semitismo silencioso. A máquina que ignora o fato da ÚNICA democracia no Oriente Médio ser o Estado de Israel.

As contradições de Fauda é para confirmar a tese de que o globalismo não está buscando o equilíbrio, o certo ou o sensato, mas o caos. A desordem social é o ambiente ideal para a prosperidade do controle social. O globalismo prega a paz para gerar a violência. A Série faz nos esquecer que o Estado de Israel não é uma mera imposição sobre o mundo Árabe, mas apenas a devolução de um pedacinho da terra em que milhões de judeus, inclusive o Maior dos judeus, viveram.


Daniel Souza Júnior
Editor do Teorítica

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