Globalismo catalisou o processo de metástase da sociedade industrial







Gas mask crowd | War photography, Gas
Seria o vírus chinês o criador de um ponto de inflexão na civilização ocidental?

Há um pressentimento em alguns comentaristas americanos como Patrick Buchanan que os Estados Unidos pode estar em processo de mudança para sempre. Nas duas últimas décadas deste século XXI  muitos distúrbios foram causados. O atentado de 11 de setembro, as guerras no oriente médio, Estado Islâmico e agora o vírus chinês desafiando a globalização dos povos e as economias locais.

Por aqui, no Brasil, não foi diferente. Iniciamos o século elegendo um populista que logo o povo descobriu o seu espírito revolucionário e enganador. Um sistema político corrupto e autoritário se empenhou em imobilizar a população brasileira com todo tipo de hostilidade como violências, impostos e taxa abusivas de juros. O resultado deste petismo foi analfabetismo e desmoronamento da sociedade Brasileira.

Mas, na verdade, entramos no presente século iludidos. Achamos que a queda do Muro de Berlim significava o fim das mentiras políticas e a derrota do comunismo. No entanto, algo muito mais feroz e demoníaco nascia, o controle dos metacapitais. A crise das empresas ponto.com na virada do século nos revelou que o capitalismo financista baseado apenas no investimento x retorno era mais  maléfico que a força industrial usada por Adolf Hitler. 

Na era das indústrias, cidades como Manchester, Detroit e Hamburgo eram o aguilhão das economias de mercados. As fumaças nas chaminés, barulhos de máquinas em operação e as sirenes delimitando os horários dos trabalhadores, sinalizavam que o capitalismo estava vivo e produzindo. Os nazistas perceberam que era apenas "contratar" mão de obra barata para que a produção alemã se tornasse a potência mundial. Os judeus foram assim escravizados para este grande império industrial nazista.

Os anos se passaram as forças globais, sobre tudo os metacapitalistas, ainda nutrem a lição do nazismo. Ganhar mais com menos, independente das consequências para o meu próximo. A ideia de potencializar a China como esta mão de obra escrava onde mais de 400 mil pessoas vivem em cavernas, era uma reedição do nazismo agora travestido de especulação financeira sob os auspícios do governo comunista chinês. Mesmo depois da queda do muro de Berlim o comunismo continuou.

O comentarista americano Patrick Buchanan destaca que o vírus chinês pode ter o mesmo efeito da queda das Torres Gêmeas. Desde o 11 de setembro a política americana se virou para o terrorismo, o mundo muçulmano e os protocolos internacionais. Mas, agora, o vírus chinês pode despertar um outro lado da América que no momento vive o distanciamento social, assisti centenas de marinheiros contaminados em alto mar, enquanto se trancafiam e deixam ruas esvaziadas para a delinquência que lentamente está sendo posta em liberdade pelas autoridades. Diz o comentarista: "os corações e as mentes dos americanos ainda serão os mesmos?".

Este é o vírus da metástase da sociedade industrial. A implosão de uma rede de pequenas empresas, o estouro do orçamento da família e do Estado, a comercialização do medo e do pavor; mas, o triunfo do controle sistêmico. Por definição onde há caos, não há ordem para quem o sofre. Todavia somente quem provocou o caos sabe onde está o ponto de inflexão.

Daniel Souza Júnior
Editor Teorítica

Fontes
https://www.newsmax.com/patrickbuchanan/recession-chinese-spring-shelter/2020/04/03/id/961210/
https://spartacus-educational.com/Industrial_Towns.htm